Pedro Cardoso Livraria
- Natacha MagalhãesOs lobos não podem esperar (E-book)
12,50€11,25€O som era ensurdecedor. Mal dava para um dedo de conversa. O enorme apartamento estava animado. Na pista, miúdas se esfregam com homens mais velhos que se esforçavam para aparentar vigor e modernidade. Alguns observavam as miúdas contorcendo-se no meio da sala, e comentavam entre eles.
Acenavam com a cabeça em sinal de aprovação quando um deles apontava para uma delas. Ali e acolá, o cheiro intenso invadira o espaço e podia-se ver em cima da tampa daLer maisO som era ensurdecedor. Mal dava para um dedo de conversa. O enorme apartamento estava animado. Na pista, miúdas se esfregam com homens mais velhos que se esforçavam para aparentar vigor e modernidade. Alguns observavam as miúdas contorcendo-se no meio da sala, e comentavam entre eles.
Acenavam com a cabeça em sinal de aprovação quando um deles apontava para uma delas. Ali e acolá, o cheiro intenso invadira o espaço e podia-se ver em cima da tampa da mesa de vidro, o pó dividido em esguias linhas. Havia ainda pilulazinhas azuis sendo engolidas com tragos de whisky. Na parte de fora, no terraço, gente debruçada no parapeito observava as luzes da cidade a piscar como iluminação de natal. As três jovens voltaram-se ao mesmo tempo e se fitaram. Faziam cálculos mentais, adivinhando os estados sentimentais de cada uma. Nos seus provocantes vestidos vermelhos e caras carregadas de cores e tintas, Lua, Maila e Nicole removeram por segundos a máscara e permitiram que cada uma visse as angústias da outra. Por segundos foram cúmplices, cada uma compreendendo e aceitando os caminhos que as levaram até ali. O relógio soou as doze horas e depressa o encantamento desfez-se. Recolocaram as máscaras, e sem trocarem palavra, caminharam para o interior do apartamento. Lobos não podem esperar.Ler menos - Carlos VeigaPoder e Oposição em Cabo Verde (E-book)
30,00€27,00€Depois de 15 anos de partido único, com o seu cortejo conhecido de ausência de liberdade, controlo total do partido sobre o Estado e a sociedade e atraso económico e social, pusemos de pé a matriz de uma nova era de liberdade, pluralismo, desenvolvimento e abertura ao mundo. Matriz que se mantém, na sua essência, até hoje. A configuração de base que o país tem actualmente resulta da década de 90 e não dos 15
anos de partido único. E é essaLer maisDepois de 15 anos de partido único, com o seu cortejo conhecido de ausência de liberdade, controlo total do partido sobre o Estado e a sociedade e atraso económico e social, pusemos de pé a matriz de uma nova era de liberdade, pluralismo, desenvolvimento e abertura ao mundo. Matriz que se mantém, na sua essência, até hoje. A configuração de base que o país tem actualmente resulta da década de 90 e não dos 15
anos de partido único. E é essa matriz que, na realidade, fundamenta o prestígio e a credibilidade do país no concerto das nações. Basta atentar nos critérios de elegibilidade para o MCA, todos instituídos na década de 90. Basta atentar nos processos que conduziram à parceria especial com a União Europeia e à entrada de Cabo Verde na OMC ena evolução positiva do IDH de Cabo Verde rumo à qualificação do país como País de Rendimento Médio, todos iniciados determinadamente na década de 90. Por isso, Cabo Verde e os cabo-verdianos têm motivos suficientes para se orgulharem da sua década de 90.Temos muito orgulho na década de 90. Que, além de ter desmantelado a policia política, os tribunais e as milícias populares e todo o sistema de partido único, deu voz e liberdade aos cabo-verdianos, para falarem, para se manifestarem, para se associarem, para produzirem cultura e para circularem no país e para o estrangeiro, livremente. Que fez da tortura um crime e colocou a dignidade e a autonomia das pessoas no topo dos valores da sociedade cabo-verdiana. Que, por outro lado, instituiu e instalou um Estado de direito democrático com um Poder Local forte, instaurou a liberdade económica e criou as condições para o surgimento de um sector privado nacional e para o Investimento Directo Externo. Que instituiu e concedeu a pensão social não contributiva, não só para os residentes vulneráveis como para os carenciados da nossa diáspora em países como São Tomé e Príncipe. Que ajudou milhares de pessoas a construírem ou reabilitarem as suas moradias. Que duplicou, passando de 30 para 60%, a taxa de acesso a água potável, aumentou de 35 para 60% o acesso a electricidade e quase triplicou a taxa de acesso a esgotos, passando de 10 a 38%. Que mais do que duplicou o peso das despesas sociais no orçamento do Estado, passando-as de 15 para 31%. E que é, ainda hoje, a década de maior crescimento sustentado da economia cabo-verdiana (de 0,7% para mais de 8% em média), de maior redução do desemprego (8 pontos percentuais), de acentuada redução da pobreza (de 49 para 37%) e de melhoria efectiva do nível médio de vida dos cabo-verdianos. Tratou-se de uma verdadeira revolução, simultaneamente política, económica e social, na paz e na estabilidade, o que não constituiu regra no mundo.Ler menos
- João Lopes FilhoMestiçagem & Cabo-Verdianidade (E-book)
19,00€17,10€«O livro do Professor João Lopes Filho é uma investigação de grande valia para a formação das novas gerações de cabo-verdianos que precisam de saber quem são, de onde provieram e para onde querem ir. Aqueles a quem cabe a responsabilidade de elaborar os curricula das escolas de todos os níveis encontrarão em Mestiçagem & Cabo-verdianidade um material de trabalho que inquestionavelmente poderá enriquecer os programas de ensino nos nossosLer mais
«O livro do Professor João Lopes Filho é uma investigação de grande valia para a formação das novas gerações de cabo-verdianos que precisam de saber quem são, de onde provieram e para onde querem ir. Aqueles a quem cabe a responsabilidade de elaborar os curricula das escolas de todos os níveis encontrarão em Mestiçagem & Cabo-verdianidade um material de trabalho que inquestionavelmente poderá enriquecer os programas de ensino nos nossos liceus e nas universidades. Naturalmente que o interesse deste livro não se pode resumir a um público académico. Pelo contrário, a obra ora dada à estampa, escrita numa linguagem acessível e clara, pode ser lida com muito proveito por jornalistas, decisores políticos, trabalhadores da área social, responsáveis e ativistas das comunidades religiosas, pais e encarregados de educação e, em geral, pelo cidadão comum e todos aqueles que se interessam por Cabo Verde e pela Crioulidade.»
Aristides R. Lima
«Esta obra representa uma grande contribuição no conhecimento e debate sobre a cabo-verdianidade! São bases fundamentais para uma avaliação e formação de uma opinião racional e nacional em matéria essencial da nossa vivência como povo e de reencontro com a nossa História. O debate tem de continuar, tal como fez o autor, em bases serenas, sólidas e sábias, a bem da Nação Cabo-verdiana!»
José Luís LivramentoLer menos
- Maria de Lurdes CaldasA Implantação da República em Cabo Verde (E-book)
22,00€19,80€«À dimensão local e com as particularidades da sua organização económica e social, as parcelas ultramarinas portuguesas viveram intensamente a transição da Monarquia para a República e os primeiros anos do novo regime. À semelhança da Metrópole, também no arquipélago de Cabo Verde ocorreram greves, protestos e enfrentamentos físicos; também se produziram discursos inflamados – que nem requeriam tribunas institucionais para serem proferidosLer mais
«À dimensão local e com as particularidades da sua organização económica e social, as parcelas ultramarinas portuguesas viveram intensamente a transição da Monarquia para a República e os primeiros anos do novo regime. À semelhança da Metrópole, também no arquipélago de Cabo Verde ocorreram greves, protestos e enfrentamentos físicos; também se produziram discursos inflamados – que nem requeriam tribunas institucionais para serem proferidos – e, naturalmente, os encarniçados duelos de imprensa. Só não se registaram os atentados à bomba e os assassinatos, extremos de violência política a que o Portugal europeu não se subtraiu até à institucionalização do Estado Novo. As polémicas partidárias metropolitanas haveriam de repercutir-se no arquipélago, e com idêntico fervor.»
«Mais do que passivas receptoras do novo regime, as elites das ilhas foram activas construtoras dessa recepção. Foram-no pela sua intervenção directa junto dos governadores, pelas campanhas que desenvolveram na imprensa local, de cujos órgãos eram proprietárias e de que se serviam para condicionar a acção governativa, e ainda no próprio centro metropolitano do poder, uma vez que, no seu afã intermediador, rendibilizaram os laços familiares que as uniam a alguns dos novos inquilinos do poder. Se houve épocas em que as ligações familiares entre os oligarcas locais e as autoridades do “centro” político foram particularmente exploradas, esta foi uma delas. A ilha do Fogo emergiu como catalisadora desta imbricada teia de intermediação. Alguns dos novos deputados, directores-gerais e ministros tinham partilhado refeições e brincadeiras de infância na então vila de São Filipe, em casa dos avós comuns.»
Da «Apresentação»Ler menos
- Humberto SantosPeneiras de poalha (E-book)
11,00€9,90€“Peneiras de Poalha”, o livro que marca a estreia de Humberto Santos na literatura, encerra 10 contos, em que o autor lança um olhar jornalístico sobre várias questões candentes da sociedade cabo-verdiana.
Socorrendo-se de recursos literários e da intertextualidade com autores nacionais e estrangeiros, o autor invoca o leitor para uma reanálise de questões políticas, judiciais e sociais abordadas de forma abrangente e prazerosa, suscetíveis deLer mais“Peneiras de Poalha”, o livro que marca a estreia de Humberto Santos na literatura, encerra 10 contos, em que o autor lança um olhar jornalístico sobre várias questões candentes da sociedade cabo-verdiana.
Socorrendo-se de recursos literários e da intertextualidade com autores nacionais e estrangeiros, o autor invoca o leitor para uma reanálise de questões políticas, judiciais e sociais abordadas de forma abrangente e prazerosa, suscetíveis de interessar a leitores de diferentes latitudes.
O título “Peneiras de Poalha”, aludindo às três peneiras de Sócrates, remete-nos para a dificuldade acrescida hoje em avaliarmos a verdade dos factos, na panóplia de informações que circulam nos media, preferencialmente as digitais, sem a devida “peneiração”. No conto que empresta título à obra, o autor aborda a questão da “pós-verdade” nas nossas sociedades digitais em que agentes públicos, principalmente políticos, usam as redes sociais e técnicas que exploram as emoções, as crenças, os medos e as fragilidades sociais dos cidadãos, para os tentar convencer com as suas meias-verdades e informações falsas. No conto, uma jornalista profissional, utilizando métodos muito questionáveis do ponto de vista ético, faz tudo para travar um político sem escrúpulos.Ler menos - Gilda BarbosaAo sabor dos ventos (E-book)
13,30€11,97€No ano do centenário da cidade de São Filipe, eis um pequeno contributo para o comemorar deixando algo que, embora muito simples, será um marco, uma presença, para além dos tempos – «Ao Sabor dos Ventos».
Neste livro encontra o leitor um pouco de tudo, sobretudo sobre a ilha do Fogo, mas também algumas reflexões que fazem parte integrante de quem o escreveu e, finalmente, um cheirinho a Coimbra, que está muito ligada ao Fogo, na pessoa da autora,Ler maisNo ano do centenário da cidade de São Filipe, eis um pequeno contributo para o comemorar deixando algo que, embora muito simples, será um marco, uma presença, para além dos tempos – «Ao Sabor dos Ventos».
Neste livro encontra o leitor um pouco de tudo, sobretudo sobre a ilha do Fogo, mas também algumas reflexões que fazem parte integrante de quem o escreveu e, finalmente, um cheirinho a Coimbra, que está muito ligada ao Fogo, na pessoa da autora, e também de alguns dos seus amigos que gostariam que toda a praxe desse tempo ficasse registada no livro.
De facto, o leitor terá ocasião de – ao ler os temas aqui insertos em capítulos – (re)conhecer o Fogo e a sua gente através de: o quotidiano das famílias que habitaram outrora os sobrados, as casas da cidade e do campo, arrabaldes de São Filipe; as classes sociais; os Santos populares e as festas das bandeiras; as capelas como grandes propriedades rurais; o património religioso construído, – público e privado – as igrejas, as capelas e os cemitérios.Ler menos - Miquinha«Ilha Formose» e Outras Mornas
17,00€15,30€Agora em 2ª edição
«As mornas do Miquinha têm a elegância da noite. São mornas onde predomina, pelo menos melodicamente, um ambiente noturno, lunar. Sabe-se que o compositor aprecia os convívios, a interação humana, as tocatinas, o fluir na música num ambiente romântico, alegre, profundo. Talvez então por isso, a delicadeza noturna das suas melodias.
(…) Um ‘livro de mornas’ é importante: assinala a maturidade do compositor, reúne asLer maisAgora em 2ª edição
«As mornas do Miquinha têm a elegância da noite. São mornas onde predomina, pelo menos melodicamente, um ambiente noturno, lunar. Sabe-se que o compositor aprecia os convívios, a interação humana, as tocatinas, o fluir na música num ambiente romântico, alegre, profundo. Talvez então por isso, a delicadeza noturna das suas melodias.
(…) Um ‘livro de mornas’ é importante: assinala a maturidade do compositor, reúne as canções de que gosta e deseja, possibilita aos músicos a facilidade da leitura. Num país em que a morna é ainda tradição oral (muito boa e consequente) talvez seja um trabalho de ‘fundo’ intemporal mas necessário.»Vasco Martins (do Prefácio)Ler menos
- Natacha MagalhãesOs lobos não podem esperar
15,50€13,95€O som era ensurdecedor. Mal dava para um dedo de conversa. O enorme apartamento estava animado. Na pista, miúdas se esfregam com homens mais velhos que se esforçavam para aparentar vigor e modernidade. Alguns observavam as miúdas contorcendo-se no meio da sala, e comentavam entre eles.
Acenavam com a cabeça em sinal de aprovação quando um deles apontava para uma delas. Ali e acolá, o cheiro intenso invadira o espaço e podia-se ver em cima da tampa daLer maisO som era ensurdecedor. Mal dava para um dedo de conversa. O enorme apartamento estava animado. Na pista, miúdas se esfregam com homens mais velhos que se esforçavam para aparentar vigor e modernidade. Alguns observavam as miúdas contorcendo-se no meio da sala, e comentavam entre eles.
Acenavam com a cabeça em sinal de aprovação quando um deles apontava para uma delas. Ali e acolá, o cheiro intenso invadira o espaço e podia-se ver em cima da tampa da mesa de vidro, o pó dividido em esguias linhas. Havia ainda pilulazinhas azuis sendo engolidas com tragos de whisky. Na parte de fora, no terraço, gente debruçada no parapeito observava as luzes da cidade a piscar como iluminação de natal. As três jovens voltaram-se ao mesmo tempo e se fitaram. Faziam cálculos mentais, adivinhando os estados sentimentais de cada uma. Nos seus provocantes vestidos vermelhos e caras carregadas de cores e tintas, Lua, Maila e Nicole removeram por segundos a máscara e permitiram que cada uma visse as angústias da outra. Por segundos foram cúmplices, cada uma compreendendo e aceitando os caminhos que as levaram até ali. O relógio soou as doze horas e depressa o encantamento desfez-se. Recolocaram as máscaras, e sem trocarem palavra, caminharam para o interior do apartamento. Lobos não podem esperar.Ler menos - Carlos VeigaPoder e Oposição em Cabo Verde
37,80€34,02€Depois de 15 anos de partido único, com o seu cortejo conhecido de ausência de liberdade, controlo total do partido sobre o Estado e a sociedade e atraso económico e social, pusemos de pé a matriz de uma nova era de liberdade, pluralismo, desenvolvimento e abertura ao mundo. Matriz que se mantém, na sua essência, até hoje. A configuração de base que o país tem actualmente resulta da década de 90 e não dos 15
anos de partido único. E é essaLer maisDepois de 15 anos de partido único, com o seu cortejo conhecido de ausência de liberdade, controlo total do partido sobre o Estado e a sociedade e atraso económico e social, pusemos de pé a matriz de uma nova era de liberdade, pluralismo, desenvolvimento e abertura ao mundo. Matriz que se mantém, na sua essência, até hoje. A configuração de base que o país tem actualmente resulta da década de 90 e não dos 15
anos de partido único. E é essa matriz que, na realidade, fundamenta o prestígio e a credibilidade do país no concerto das nações. Basta atentar nos critérios de elegibilidade para o MCA, todos instituídos na década de 90. Basta atentar nos processos que conduziram à parceria especial com a União Europeia e à entrada de Cabo Verde na OMC ena evolução positiva do IDH de Cabo Verde rumo à qualificação do país como País de Rendimento Médio, todos iniciados determinadamente na década de 90. Por isso, Cabo Verde e os cabo-verdianos têm motivos suficientes para se orgulharem da sua década de 90.Temos muito orgulho na década de 90. Que, além de ter desmantelado a policia política, os tribunais e as milícias populares e todo o sistema de partido único, deu voz e liberdade aos cabo-verdianos, para falarem, para se manifestarem, para se associarem, para produzirem cultura e para circularem no país e para o estrangeiro, livremente. Que fez da tortura um crime e colocou a dignidade e a autonomia das pessoas no topo dos valores da sociedade cabo-verdiana. Que, por outro lado, instituiu e instalou um Estado de direito democrático com um Poder Local forte, instaurou a liberdade económica e criou as condições para o surgimento de um sector privado nacional e para o Investimento Directo Externo. Que instituiu e concedeu a pensão social não contributiva, não só para os residentes vulneráveis como para os carenciados da nossa diáspora em países como São Tomé e Príncipe. Que ajudou milhares de pessoas a construírem ou reabilitarem as suas moradias. Que duplicou, passando de 30 para 60%, a taxa de acesso a água potável, aumentou de 35 para 60% o acesso a electricidade e quase triplicou a taxa de acesso a esgotos, passando de 10 a 38%. Que mais do que duplicou o peso das despesas sociais no orçamento do Estado, passando-as de 15 para 31%. E que é, ainda hoje, a década de maior crescimento sustentado da economia cabo-verdiana (de 0,7% para mais de 8% em média), de maior redução do desemprego (8 pontos percentuais), de acentuada redução da pobreza (de 49 para 37%) e de melhoria efectiva do nível médio de vida dos cabo-verdianos. Tratou-se de uma verdadeira revolução, simultaneamente política, económica e social, na paz e na estabilidade, o que não constituiu regra no mundo.Ler menos
- Humberto SantosPeneiras de poalha
13,80€12,42€“Peneiras de Poalha”, o livro que marca a estreia de Humberto Santos na literatura, encerra 10 contos, em que o autor lança um olhar jornalístico sobre várias questões candentes da sociedade cabo-verdiana.
Socorrendo-se de recursos literários e da intertextualidade com autores nacionais e estrangeiros, o autor invoca o leitor para uma reanálise de questões políticas, judiciais e sociais abordadas de forma abrangente e prazerosa, suscetíveis deLer mais“Peneiras de Poalha”, o livro que marca a estreia de Humberto Santos na literatura, encerra 10 contos, em que o autor lança um olhar jornalístico sobre várias questões candentes da sociedade cabo-verdiana.
Socorrendo-se de recursos literários e da intertextualidade com autores nacionais e estrangeiros, o autor invoca o leitor para uma reanálise de questões políticas, judiciais e sociais abordadas de forma abrangente e prazerosa, suscetíveis de interessar a leitores de diferentes latitudes.
O título “Peneiras de Poalha”, aludindo às três peneiras de Sócrates, remete-nos para a dificuldade acrescida hoje em avaliarmos a verdade dos factos, na panóplia de informações que circulam nos media, preferencialmente as digitais, sem a devida “peneiração”. No conto que empresta título à obra, o autor aborda a questão da “pós-verdade” nas nossas sociedades digitais em que agentes públicos, principalmente políticos, usam as redes sociais e técnicas que exploram as emoções, as crenças, os medos e as fragilidades sociais dos cidadãos, para os tentar convencer com as suas meias-verdades e informações falsas. No conto, uma jornalista profissional, utilizando métodos muito questionáveis do ponto de vista ético, faz tudo para travar um político sem escrúpulos.Ler menos - Vera DuarteA Matriarca
16,20€14,58€Agora em 2ª edição
A Matriarca é um romance polifónico que narra a vivência de homens e, sobretudo, de mulheres, numa releitura da origem dos povos, da história de África e, em especial de Cabo Verde, resgatando a mestiçagem ancestral e contemporânea dos cabo-verdianos, a partir de representações sobre a vida social e das práticas culturais.
O enredo baseia-se em duas estórias de amor que se entrecruzam: Ester a protagonista e Peter jovem suecoLer maisAgora em 2ª edição
A Matriarca é um romance polifónico que narra a vivência de homens e, sobretudo, de mulheres, numa releitura da origem dos povos, da história de África e, em especial de Cabo Verde, resgatando a mestiçagem ancestral e contemporânea dos cabo-verdianos, a partir de representações sobre a vida social e das práticas culturais.
O enredo baseia-se em duas estórias de amor que se entrecruzam: Ester a protagonista e Peter jovem sueco filho de pai cabo-verdiano que vem a Cabo Verde à procura da sua família paterna e Ingrid uma sueca que teve um filho de um cabo-verdiano e com ele se reencontra em Santa Maria, ilha do Sal, trinta anos depois.Ler menos - Gilda BarbosaAo sabor dos ventos
16,60€14,94€No ano do centenário da cidade de São Filipe, eis um pequeno contributo para o comemorar deixando algo que, embora muito simples, será um marco, uma presença, para além dos tempos – «Ao Sabor dos Ventos».
Neste livro encontra o leitor um pouco de tudo, sobretudo sobre a ilha do Fogo, mas também algumas reflexões que fazem parte integrante de quem o escreveu e, finalmente, um cheirinho a Coimbra, que está muito ligada ao Fogo, na pessoa da autora,Ler maisNo ano do centenário da cidade de São Filipe, eis um pequeno contributo para o comemorar deixando algo que, embora muito simples, será um marco, uma presença, para além dos tempos – «Ao Sabor dos Ventos».
Neste livro encontra o leitor um pouco de tudo, sobretudo sobre a ilha do Fogo, mas também algumas reflexões que fazem parte integrante de quem o escreveu e, finalmente, um cheirinho a Coimbra, que está muito ligada ao Fogo, na pessoa da autora, e também de alguns dos seus amigos que gostariam que toda a praxe desse tempo ficasse registada no livro.
De facto, o leitor terá ocasião de – ao ler os temas aqui insertos em capítulos – (re)conhecer o Fogo e a sua gente através de: o quotidiano das famílias que habitaram outrora os sobrados, as casas da cidade e do campo, arrabaldes de São Filipe; as classes sociais; os Santos populares e as festas das bandeiras; as capelas como grandes propriedades rurais; o património religioso construído, – público e privado – as igrejas, as capelas e os cemitérios.Ler menos - João Lopes FilhoMestiçagem & Cabo-Verdianidade
23,80€21,42€«O livro do Professor João Lopes Filho é uma investigação de grande valia para a formação das novas gerações de cabo-verdianos que precisam de saber quem são, de onde provieram e para onde querem ir. Aqueles a quem cabe a responsabilidade de elaborar os curricula das escolas de todos os níveis encontrarão em Mestiçagem & Cabo-verdianidade um material de trabalho que inquestionavelmente poderá enriquecer os programas de ensino nos nossosLer mais
«O livro do Professor João Lopes Filho é uma investigação de grande valia para a formação das novas gerações de cabo-verdianos que precisam de saber quem são, de onde provieram e para onde querem ir. Aqueles a quem cabe a responsabilidade de elaborar os curricula das escolas de todos os níveis encontrarão em Mestiçagem & Cabo-verdianidade um material de trabalho que inquestionavelmente poderá enriquecer os programas de ensino nos nossos liceus e nas universidades. Naturalmente que o interesse deste livro não se pode resumir a um público académico. Pelo contrário, a obra ora dada à estampa, escrita numa linguagem acessível e clara, pode ser lida com muito proveito por jornalistas, decisores políticos, trabalhadores da área social, responsáveis e ativistas das comunidades religiosas, pais e encarregados de educação e, em geral, pelo cidadão comum e todos aqueles que se interessam por Cabo Verde e pela Crioulidade.»
Aristides R. Lima
«Esta obra representa uma grande contribuição no conhecimento e debate sobre a cabo-verdianidade! São bases fundamentais para uma avaliação e formação de uma opinião racional e nacional em matéria essencial da nossa vivência como povo e de reencontro com a nossa História. O debate tem de continuar, tal como fez o autor, em bases serenas, sólidas e sábias, a bem da Nação Cabo-verdiana!»
José Luís LivramentoLer menos
- Maria de Lurdes CaldasA Implantação da República em Cabo Verde
27,50€24,75€«À dimensão local e com as particularidades da sua organização económica e social, as parcelas ultramarinas portuguesas viveram intensamente a transição da Monarquia para a República e os primeiros anos do novo regime. À semelhança da Metrópole, também no arquipélago de Cabo Verde ocorreram greves, protestos e enfrentamentos físicos; também se produziram discursos inflamados – que nem requeriam tribunas institucionais para serem proferidosLer mais
«À dimensão local e com as particularidades da sua organização económica e social, as parcelas ultramarinas portuguesas viveram intensamente a transição da Monarquia para a República e os primeiros anos do novo regime. À semelhança da Metrópole, também no arquipélago de Cabo Verde ocorreram greves, protestos e enfrentamentos físicos; também se produziram discursos inflamados – que nem requeriam tribunas institucionais para serem proferidos – e, naturalmente, os encarniçados duelos de imprensa. Só não se registaram os atentados à bomba e os assassinatos, extremos de violência política a que o Portugal europeu não se subtraiu até à institucionalização do Estado Novo. As polémicas partidárias metropolitanas haveriam de repercutir-se no arquipélago, e com idêntico fervor.»
«Mais do que passivas receptoras do novo regime, as elites das ilhas foram activas construtoras dessa recepção. Foram-no pela sua intervenção directa junto dos governadores, pelas campanhas que desenvolveram na imprensa local, de cujos órgãos eram proprietárias e de que se serviam para condicionar a acção governativa, e ainda no próprio centro metropolitano do poder, uma vez que, no seu afã intermediador, rendibilizaram os laços familiares que as uniam a alguns dos novos inquilinos do poder. Se houve épocas em que as ligações familiares entre os oligarcas locais e as autoridades do “centro” político foram particularmente exploradas, esta foi uma delas. A ilha do Fogo emergiu como catalisadora desta imbricada teia de intermediação. Alguns dos novos deputados, directores-gerais e ministros tinham partilhado refeições e brincadeiras de infância na então vila de São Filipe, em casa dos avós comuns.»
Da «Apresentação»Ler menos
- Carlos AraújoAs Portas do Tempo
22,90€20,61€Ao descobrir que a sua missão era libertar o povo da ilha, sua paixão, e levar a menina dos olhos-de-água a conhecer o perdão, Toy não hesita e vai ao fundo do seu peito procurar o amor necessário para acordar o Monte Cara, única entidade capaz de o ajudar. Então, lança-se numa aventura que vai terminar por obrigar o presidente dos EUA a um encontro, com ele, na famosa praia da Laginha onde lhe ordena receber os generais da capital na casa branca eLer mais
Ao descobrir que a sua missão era libertar o povo da ilha, sua paixão, e levar a menina dos olhos-de-água a conhecer o perdão, Toy não hesita e vai ao fundo do seu peito procurar o amor necessário para acordar o Monte Cara, única entidade capaz de o ajudar. Então, lança-se numa aventura que vai terminar por obrigar o presidente dos EUA a um encontro, com ele, na famosa praia da Laginha onde lhe ordena receber os generais da capital na casa branca e convence-los a aceitar a autonomia da ilha.
Mas será que a menina dos olhos de água irá experimentar o prazer de perdoar?Ler menos - José Luiz TavaresUma Pedra Contra o Firmamento
29,80€26,82€José Luiz Tavares exilou-se no velho Oeste, metaforicamente falando, e ali afinou a pontaria. Por este lance de humor, estou certo que Zé Luiz me perdoará. Sentido de humor ele tem-no de sobra. Só não brinca enquanto escreve. Pousando a caneta, ele é bem capaz de homéricas gargalhadas. Um homem assim é duplamente imortal.
Arménio Vieira