Pedro Cardoso Livraria
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Any Keila PereiraResilience to Cyber-attacks in Critical Infrastructures of Portugal
17,80€16,02€Critical infrastructures are always a potential target for cyberattacks, as they control and allow access to the major infrastructure services of a nation. The repercussions of a successful attack on these systems can be catastrophic. One of the critical infra-structures of a country is the Industrial Control Systems (ICSs), used to automate and control vital functions of the various industrial infrastructures.
This work aims to identify the ICSs exposed toLer maisCritical infrastructures are always a potential target for cyberattacks, as they control and allow access to the major infrastructure services of a nation. The repercussions of a successful attack on these systems can be catastrophic. One of the critical infra-structures of a country is the Industrial Control Systems (ICSs), used to automate and control vital functions of the various industrial infrastructures.
This work aims to identify the ICSs exposed to the Internet in Portugal and investigate their level of risk in terms of security. To achieve that objective, a methodology to identify the exposed ICSs on the Internet in Portugal and their level of risk was developed. The proposed methodology implied the identification of the ICSs, the calculation of their risk level according to their characteristics, and the development of a data warehouse to combine and organize the data into one comprehensive database, as well as, to enable the easy analysis of it. The results of this work allow the industry and all organizations that have ICSs to be aware of how exposed and vulnerable their systems are, enabling them to devote more attention to the systems that may be at risk of a cyberattack and mitigate their vulnerabilities.Ler menos -
António Manuel Mascarenhas Gomes MonteiroAntónio Manuel Mascarenhas Gomes Monteiro – Discursos e Mensagens
25,50€22,95€Os desafios não são poucos nem pequenos, sendo de destacar as ingentes tarefas que temos pela frente, seja no que concerne à inserção de Cabo Verde na economia mundial, seja no que se refere à afirmação de um poder local autêntico e de uma sociedade civil desinibida e empreendedora, seja ainda no que tange à eficácia do aparelho do Estado e à realização da justiça social. A hora é de trabalho e de muito trabalho, designadamente na mira daLer mais
Os desafios não são poucos nem pequenos, sendo de destacar as ingentes tarefas que temos pela frente, seja no que concerne à inserção de Cabo Verde na economia mundial, seja no que se refere à afirmação de um poder local autêntico e de uma sociedade civil desinibida e empreendedora, seja ainda no que tange à eficácia do aparelho do Estado e à realização da justiça social. A hora é de trabalho e de muito trabalho, designadamente na mira da materialização dos projectos e programas necessários à criação do desenvolvimento real e durável. Torna-se cada vez mais urgente a actuação das capacidades criativas existentes no país, da mesma forma que se impõe um criterioso aproveitamento dos recursos disponíveis, a bem de todas as camadas da população. Nas condições do nosso país, é necessário, com efeito, exercer uma comprometida vigilância sobre os parcos recursos e sobre a sua judiciosa repartição, já porque importa não perder de vista que o quotidiano de muitos cidadãos traduz-se numa luta difícil pela sobrevivência, especialmente em virtude do desemprego, o qual afecta de modo incidente a juventude, sem esquecer as precárias condições de vida dos muitos cabo-verdianos que labutam no campo.Ler menos
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Alcides SimõesNunca me abandones
12,00€10,80€Diz o velho ditado, de um autor desconhecido, que “o amor é a essência da vida”. Disso não há a menor dúvida. Quando um poeta, na sua solidão profunda e muito compenetrado, contemplando os raios argênteos numa noite de luar, se põe a escrever
poemas de amor, é porque verdadeiramente o sente profundamente.
Vários poetas e escritores, como Gabriel Garcia Marques, Fernando Pessoa e o poeta maior, Camões, utilizaram suas penas falando de amor.
Ler maisDiz o velho ditado, de um autor desconhecido, que “o amor é a essência da vida”. Disso não há a menor dúvida. Quando um poeta, na sua solidão profunda e muito compenetrado, contemplando os raios argênteos numa noite de luar, se põe a escrever
poemas de amor, é porque verdadeiramente o sente profundamente.
Vários poetas e escritores, como Gabriel Garcia Marques, Fernando Pessoa e o poeta maior, Camões, utilizaram suas penas falando de amor.
Camões define-o como: “É fogo que arde sem se ver…”. Nada mais acrescento. Interrogo-me se há só um tipo de amor. Vaticino que não. Há vários graus de amor. Ninguém confunde o amor de Deus, o amor dos pais para com os filhos, do marido para
com a esposa.
Mas, infelizmente, há que reconhecer o reverso do amor, o ódio, a vingança e a indiferença. Quantas e quantas vezes testemunhamos, infelizmente, casos cada vez mais frequentes, de filhos que se esquecem do amor que sempre receberam dos pais, mas quando estes atingem a velhice, simplesmente os rejeitam, relegando-os ao abandono e tratados com extrema indiferença. A indiferença arde e dói mais que o próprio fogo.Ainda considerava correr mundo, fazer uma grande viagem. Com duzentos euros de reforma não era fácil, mas nós somos sonho. Em miúdo fiz tenção de fazer uma viagem pelo país de mochila às costas, mas fui adiando, adiando, depois vieram os filhos, e agora estava velho, tinha de me deitar cedo, estava velho, segundo os meus filhos. Eles não sabiam que quando não estavam me deitava à hora que queria, não tinha horário. Mas estou mesmo velho? – Perguntava a mim próprio. Tinha algumas dores no corpo o que era natural com a minha idade, fora isso sentia-me perfeitamente bem. E se for esta a altura dessa viagem? Porque não agora? Sempre os filhos em primeiro lugar, agora quem me impede? Quem se opõe? Vou procurar a minha aventura. Prefiro morrer na busca da minha aventura a finar-me esquecido num asilo.Ler menos
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Natacha MagalhãesOs lobos não podem esperar (E-book)
12,50€11,25€O som era ensurdecedor. Mal dava para um dedo de conversa. O enorme apartamento estava animado. Na pista, miúdas se esfregam com homens mais velhos que se esforçavam para aparentar vigor e modernidade. Alguns observavam as miúdas contorcendo-se no meio da sala, e comentavam entre eles.
Acenavam com a cabeça em sinal de aprovação quando um deles apontava para uma delas. Ali e acolá, o cheiro intenso invadira o espaço e podia-se ver em cima da tampa daLer maisO som era ensurdecedor. Mal dava para um dedo de conversa. O enorme apartamento estava animado. Na pista, miúdas se esfregam com homens mais velhos que se esforçavam para aparentar vigor e modernidade. Alguns observavam as miúdas contorcendo-se no meio da sala, e comentavam entre eles.
Acenavam com a cabeça em sinal de aprovação quando um deles apontava para uma delas. Ali e acolá, o cheiro intenso invadira o espaço e podia-se ver em cima da tampa da mesa de vidro, o pó dividido em esguias linhas. Havia ainda pilulazinhas azuis sendo engolidas com tragos de whisky. Na parte de fora, no terraço, gente debruçada no parapeito observava as luzes da cidade a piscar como iluminação de natal. As três jovens voltaram-se ao mesmo tempo e se fitaram. Faziam cálculos mentais, adivinhando os estados sentimentais de cada uma. Nos seus provocantes vestidos vermelhos e caras carregadas de cores e tintas, Lua, Maila e Nicole removeram por segundos a máscara e permitiram que cada uma visse as angústias da outra. Por segundos foram cúmplices, cada uma compreendendo e aceitando os caminhos que as levaram até ali. O relógio soou as doze horas e depressa o encantamento desfez-se. Recolocaram as máscaras, e sem trocarem palavra, caminharam para o interior do apartamento. Lobos não podem esperar.Ler menos -
Carlos VeigaPoder e Oposição em Cabo Verde (E-book)
30,00€27,00€Depois de 15 anos de partido único, com o seu cortejo conhecido de ausência de liberdade, controlo total do partido sobre o Estado e a sociedade e atraso económico e social, pusemos de pé a matriz de uma nova era de liberdade, pluralismo, desenvolvimento e abertura ao mundo. Matriz que se mantém, na sua essência, até hoje. A configuração de base que o país tem actualmente resulta da década de 90 e não dos 15
anos de partido único. E é essaLer maisDepois de 15 anos de partido único, com o seu cortejo conhecido de ausência de liberdade, controlo total do partido sobre o Estado e a sociedade e atraso económico e social, pusemos de pé a matriz de uma nova era de liberdade, pluralismo, desenvolvimento e abertura ao mundo. Matriz que se mantém, na sua essência, até hoje. A configuração de base que o país tem actualmente resulta da década de 90 e não dos 15
anos de partido único. E é essa matriz que, na realidade, fundamenta o prestígio e a credibilidade do país no concerto das nações. Basta atentar nos critérios de elegibilidade para o MCA, todos instituídos na década de 90. Basta atentar nos processos que conduziram à parceria especial com a União Europeia e à entrada de Cabo Verde na OMC ena evolução positiva do IDH de Cabo Verde rumo à qualificação do país como País de Rendimento Médio, todos iniciados determinadamente na década de 90. Por isso, Cabo Verde e os cabo-verdianos têm motivos suficientes para se orgulharem da sua década de 90.Temos muito orgulho na década de 90. Que, além de ter desmantelado a policia política, os tribunais e as milícias populares e todo o sistema de partido único, deu voz e liberdade aos cabo-verdianos, para falarem, para se manifestarem, para se associarem, para produzirem cultura e para circularem no país e para o estrangeiro, livremente. Que fez da tortura um crime e colocou a dignidade e a autonomia das pessoas no topo dos valores da sociedade cabo-verdiana. Que, por outro lado, instituiu e instalou um Estado de direito democrático com um Poder Local forte, instaurou a liberdade económica e criou as condições para o surgimento de um sector privado nacional e para o Investimento Directo Externo. Que instituiu e concedeu a pensão social não contributiva, não só para os residentes vulneráveis como para os carenciados da nossa diáspora em países como São Tomé e Príncipe. Que ajudou milhares de pessoas a construírem ou reabilitarem as suas moradias. Que duplicou, passando de 30 para 60%, a taxa de acesso a água potável, aumentou de 35 para 60% o acesso a electricidade e quase triplicou a taxa de acesso a esgotos, passando de 10 a 38%. Que mais do que duplicou o peso das despesas sociais no orçamento do Estado, passando-as de 15 para 31%. E que é, ainda hoje, a década de maior crescimento sustentado da economia cabo-verdiana (de 0,7% para mais de 8% em média), de maior redução do desemprego (8 pontos percentuais), de acentuada redução da pobreza (de 49 para 37%) e de melhoria efectiva do nível médio de vida dos cabo-verdianos. Tratou-se de uma verdadeira revolução, simultaneamente política, económica e social, na paz e na estabilidade, o que não constituiu regra no mundo.Ler menos
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João Lopes FilhoMestiçagem & Cabo-Verdianidade (E-book)
19,00€17,10€«O livro do Professor João Lopes Filho é uma investigação de grande valia para a formação das novas gerações de cabo-verdianos que precisam de saber quem são, de onde provieram e para onde querem ir. Aqueles a quem cabe a responsabilidade de elaborar os curricula das escolas de todos os níveis encontrarão em Mestiçagem & Cabo-verdianidade um material de trabalho que inquestionavelmente poderá enriquecer os programas de ensino nos nossosLer mais
«O livro do Professor João Lopes Filho é uma investigação de grande valia para a formação das novas gerações de cabo-verdianos que precisam de saber quem são, de onde provieram e para onde querem ir. Aqueles a quem cabe a responsabilidade de elaborar os curricula das escolas de todos os níveis encontrarão em Mestiçagem & Cabo-verdianidade um material de trabalho que inquestionavelmente poderá enriquecer os programas de ensino nos nossos liceus e nas universidades. Naturalmente que o interesse deste livro não se pode resumir a um público académico. Pelo contrário, a obra ora dada à estampa, escrita numa linguagem acessível e clara, pode ser lida com muito proveito por jornalistas, decisores políticos, trabalhadores da área social, responsáveis e ativistas das comunidades religiosas, pais e encarregados de educação e, em geral, pelo cidadão comum e todos aqueles que se interessam por Cabo Verde e pela Crioulidade.»
Aristides R. Lima
«Esta obra representa uma grande contribuição no conhecimento e debate sobre a cabo-verdianidade! São bases fundamentais para uma avaliação e formação de uma opinião racional e nacional em matéria essencial da nossa vivência como povo e de reencontro com a nossa História. O debate tem de continuar, tal como fez o autor, em bases serenas, sólidas e sábias, a bem da Nação Cabo-verdiana!»
José Luís LivramentoLer menos
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Maria de Lurdes CaldasA Implantação da República em Cabo Verde (E-book)
22,00€19,80€«À dimensão local e com as particularidades da sua organização económica e social, as parcelas ultramarinas portuguesas viveram intensamente a transição da Monarquia para a República e os primeiros anos do novo regime. À semelhança da Metrópole, também no arquipélago de Cabo Verde ocorreram greves, protestos e enfrentamentos físicos; também se produziram discursos inflamados – que nem requeriam tribunas institucionais para serem proferidosLer mais
«À dimensão local e com as particularidades da sua organização económica e social, as parcelas ultramarinas portuguesas viveram intensamente a transição da Monarquia para a República e os primeiros anos do novo regime. À semelhança da Metrópole, também no arquipélago de Cabo Verde ocorreram greves, protestos e enfrentamentos físicos; também se produziram discursos inflamados – que nem requeriam tribunas institucionais para serem proferidos – e, naturalmente, os encarniçados duelos de imprensa. Só não se registaram os atentados à bomba e os assassinatos, extremos de violência política a que o Portugal europeu não se subtraiu até à institucionalização do Estado Novo. As polémicas partidárias metropolitanas haveriam de repercutir-se no arquipélago, e com idêntico fervor.»
«Mais do que passivas receptoras do novo regime, as elites das ilhas foram activas construtoras dessa recepção. Foram-no pela sua intervenção directa junto dos governadores, pelas campanhas que desenvolveram na imprensa local, de cujos órgãos eram proprietárias e de que se serviam para condicionar a acção governativa, e ainda no próprio centro metropolitano do poder, uma vez que, no seu afã intermediador, rendibilizaram os laços familiares que as uniam a alguns dos novos inquilinos do poder. Se houve épocas em que as ligações familiares entre os oligarcas locais e as autoridades do “centro” político foram particularmente exploradas, esta foi uma delas. A ilha do Fogo emergiu como catalisadora desta imbricada teia de intermediação. Alguns dos novos deputados, directores-gerais e ministros tinham partilhado refeições e brincadeiras de infância na então vila de São Filipe, em casa dos avós comuns.»
Da «Apresentação»Ler menos
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Humberto SantosPeneiras de poalha (E-book)
11,00€9,90€“Peneiras de Poalha”, o livro que marca a estreia de Humberto Santos na literatura, encerra 10 contos, em que o autor lança um olhar jornalístico sobre várias questões candentes da sociedade cabo-verdiana.
Socorrendo-se de recursos literários e da intertextualidade com autores nacionais e estrangeiros, o autor invoca o leitor para uma reanálise de questões políticas, judiciais e sociais abordadas de forma abrangente e prazerosa, suscetíveis deLer mais“Peneiras de Poalha”, o livro que marca a estreia de Humberto Santos na literatura, encerra 10 contos, em que o autor lança um olhar jornalístico sobre várias questões candentes da sociedade cabo-verdiana.
Socorrendo-se de recursos literários e da intertextualidade com autores nacionais e estrangeiros, o autor invoca o leitor para uma reanálise de questões políticas, judiciais e sociais abordadas de forma abrangente e prazerosa, suscetíveis de interessar a leitores de diferentes latitudes.
O título “Peneiras de Poalha”, aludindo às três peneiras de Sócrates, remete-nos para a dificuldade acrescida hoje em avaliarmos a verdade dos factos, na panóplia de informações que circulam nos media, preferencialmente as digitais, sem a devida “peneiração”. No conto que empresta título à obra, o autor aborda a questão da “pós-verdade” nas nossas sociedades digitais em que agentes públicos, principalmente políticos, usam as redes sociais e técnicas que exploram as emoções, as crenças, os medos e as fragilidades sociais dos cidadãos, para os tentar convencer com as suas meias-verdades e informações falsas. No conto, uma jornalista profissional, utilizando métodos muito questionáveis do ponto de vista ético, faz tudo para travar um político sem escrúpulos.Ler menos -
Gilda BarbosaAo sabor dos ventos (E-book)
13,30€11,97€No ano do centenário da cidade de São Filipe, eis um pequeno contributo para o comemorar deixando algo que, embora muito simples, será um marco, uma presença, para além dos tempos – «Ao Sabor dos Ventos».
Neste livro encontra o leitor um pouco de tudo, sobretudo sobre a ilha do Fogo, mas também algumas reflexões que fazem parte integrante de quem o escreveu e, finalmente, um cheirinho a Coimbra, que está muito ligada ao Fogo, na pessoa da autora,Ler maisNo ano do centenário da cidade de São Filipe, eis um pequeno contributo para o comemorar deixando algo que, embora muito simples, será um marco, uma presença, para além dos tempos – «Ao Sabor dos Ventos».
Neste livro encontra o leitor um pouco de tudo, sobretudo sobre a ilha do Fogo, mas também algumas reflexões que fazem parte integrante de quem o escreveu e, finalmente, um cheirinho a Coimbra, que está muito ligada ao Fogo, na pessoa da autora, e também de alguns dos seus amigos que gostariam que toda a praxe desse tempo ficasse registada no livro.
De facto, o leitor terá ocasião de – ao ler os temas aqui insertos em capítulos – (re)conhecer o Fogo e a sua gente através de: o quotidiano das famílias que habitaram outrora os sobrados, as casas da cidade e do campo, arrabaldes de São Filipe; as classes sociais; os Santos populares e as festas das bandeiras; as capelas como grandes propriedades rurais; o património religioso construído, – público e privado – as igrejas, as capelas e os cemitérios.Ler menos -
Miquinha«Ilha Formose» e Outras Mornas
17,00€15,30€Agora em 2ª edição
«As mornas do Miquinha têm a elegância da noite. São mornas onde predomina, pelo menos melodicamente, um ambiente noturno, lunar. Sabe-se que o compositor aprecia os convívios, a interação humana, as tocatinas, o fluir na música num ambiente romântico, alegre, profundo. Talvez então por isso, a delicadeza noturna das suas melodias.
(…) Um ‘livro de mornas’ é importante: assinala a maturidade do compositor, reúne asLer maisAgora em 2ª edição
«As mornas do Miquinha têm a elegância da noite. São mornas onde predomina, pelo menos melodicamente, um ambiente noturno, lunar. Sabe-se que o compositor aprecia os convívios, a interação humana, as tocatinas, o fluir na música num ambiente romântico, alegre, profundo. Talvez então por isso, a delicadeza noturna das suas melodias.
(…) Um ‘livro de mornas’ é importante: assinala a maturidade do compositor, reúne as canções de que gosta e deseja, possibilita aos músicos a facilidade da leitura. Num país em que a morna é ainda tradição oral (muito boa e consequente) talvez seja um trabalho de ‘fundo’ intemporal mas necessário.»Vasco Martins (do Prefácio)Ler menos
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Natacha MagalhãesOs lobos não podem esperar
15,50€13,95€O som era ensurdecedor. Mal dava para um dedo de conversa. O enorme apartamento estava animado. Na pista, miúdas se esfregam com homens mais velhos que se esforçavam para aparentar vigor e modernidade. Alguns observavam as miúdas contorcendo-se no meio da sala, e comentavam entre eles.
Acenavam com a cabeça em sinal de aprovação quando um deles apontava para uma delas. Ali e acolá, o cheiro intenso invadira o espaço e podia-se ver em cima da tampa daLer maisO som era ensurdecedor. Mal dava para um dedo de conversa. O enorme apartamento estava animado. Na pista, miúdas se esfregam com homens mais velhos que se esforçavam para aparentar vigor e modernidade. Alguns observavam as miúdas contorcendo-se no meio da sala, e comentavam entre eles.
Acenavam com a cabeça em sinal de aprovação quando um deles apontava para uma delas. Ali e acolá, o cheiro intenso invadira o espaço e podia-se ver em cima da tampa da mesa de vidro, o pó dividido em esguias linhas. Havia ainda pilulazinhas azuis sendo engolidas com tragos de whisky. Na parte de fora, no terraço, gente debruçada no parapeito observava as luzes da cidade a piscar como iluminação de natal. As três jovens voltaram-se ao mesmo tempo e se fitaram. Faziam cálculos mentais, adivinhando os estados sentimentais de cada uma. Nos seus provocantes vestidos vermelhos e caras carregadas de cores e tintas, Lua, Maila e Nicole removeram por segundos a máscara e permitiram que cada uma visse as angústias da outra. Por segundos foram cúmplices, cada uma compreendendo e aceitando os caminhos que as levaram até ali. O relógio soou as doze horas e depressa o encantamento desfez-se. Recolocaram as máscaras, e sem trocarem palavra, caminharam para o interior do apartamento. Lobos não podem esperar.Ler menos -
Carlos VeigaPoder e Oposição em Cabo Verde
37,80€34,02€Depois de 15 anos de partido único, com o seu cortejo conhecido de ausência de liberdade, controlo total do partido sobre o Estado e a sociedade e atraso económico e social, pusemos de pé a matriz de uma nova era de liberdade, pluralismo, desenvolvimento e abertura ao mundo. Matriz que se mantém, na sua essência, até hoje. A configuração de base que o país tem actualmente resulta da década de 90 e não dos 15
anos de partido único. E é essaLer maisDepois de 15 anos de partido único, com o seu cortejo conhecido de ausência de liberdade, controlo total do partido sobre o Estado e a sociedade e atraso económico e social, pusemos de pé a matriz de uma nova era de liberdade, pluralismo, desenvolvimento e abertura ao mundo. Matriz que se mantém, na sua essência, até hoje. A configuração de base que o país tem actualmente resulta da década de 90 e não dos 15
anos de partido único. E é essa matriz que, na realidade, fundamenta o prestígio e a credibilidade do país no concerto das nações. Basta atentar nos critérios de elegibilidade para o MCA, todos instituídos na década de 90. Basta atentar nos processos que conduziram à parceria especial com a União Europeia e à entrada de Cabo Verde na OMC ena evolução positiva do IDH de Cabo Verde rumo à qualificação do país como País de Rendimento Médio, todos iniciados determinadamente na década de 90. Por isso, Cabo Verde e os cabo-verdianos têm motivos suficientes para se orgulharem da sua década de 90.Temos muito orgulho na década de 90. Que, além de ter desmantelado a policia política, os tribunais e as milícias populares e todo o sistema de partido único, deu voz e liberdade aos cabo-verdianos, para falarem, para se manifestarem, para se associarem, para produzirem cultura e para circularem no país e para o estrangeiro, livremente. Que fez da tortura um crime e colocou a dignidade e a autonomia das pessoas no topo dos valores da sociedade cabo-verdiana. Que, por outro lado, instituiu e instalou um Estado de direito democrático com um Poder Local forte, instaurou a liberdade económica e criou as condições para o surgimento de um sector privado nacional e para o Investimento Directo Externo. Que instituiu e concedeu a pensão social não contributiva, não só para os residentes vulneráveis como para os carenciados da nossa diáspora em países como São Tomé e Príncipe. Que ajudou milhares de pessoas a construírem ou reabilitarem as suas moradias. Que duplicou, passando de 30 para 60%, a taxa de acesso a água potável, aumentou de 35 para 60% o acesso a electricidade e quase triplicou a taxa de acesso a esgotos, passando de 10 a 38%. Que mais do que duplicou o peso das despesas sociais no orçamento do Estado, passando-as de 15 para 31%. E que é, ainda hoje, a década de maior crescimento sustentado da economia cabo-verdiana (de 0,7% para mais de 8% em média), de maior redução do desemprego (8 pontos percentuais), de acentuada redução da pobreza (de 49 para 37%) e de melhoria efectiva do nível médio de vida dos cabo-verdianos. Tratou-se de uma verdadeira revolução, simultaneamente política, económica e social, na paz e na estabilidade, o que não constituiu regra no mundo.Ler menos
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Humberto SantosPeneiras de poalha
13,80€12,42€“Peneiras de Poalha”, o livro que marca a estreia de Humberto Santos na literatura, encerra 10 contos, em que o autor lança um olhar jornalístico sobre várias questões candentes da sociedade cabo-verdiana.
Socorrendo-se de recursos literários e da intertextualidade com autores nacionais e estrangeiros, o autor invoca o leitor para uma reanálise de questões políticas, judiciais e sociais abordadas de forma abrangente e prazerosa, suscetíveis deLer mais“Peneiras de Poalha”, o livro que marca a estreia de Humberto Santos na literatura, encerra 10 contos, em que o autor lança um olhar jornalístico sobre várias questões candentes da sociedade cabo-verdiana.
Socorrendo-se de recursos literários e da intertextualidade com autores nacionais e estrangeiros, o autor invoca o leitor para uma reanálise de questões políticas, judiciais e sociais abordadas de forma abrangente e prazerosa, suscetíveis de interessar a leitores de diferentes latitudes.
O título “Peneiras de Poalha”, aludindo às três peneiras de Sócrates, remete-nos para a dificuldade acrescida hoje em avaliarmos a verdade dos factos, na panóplia de informações que circulam nos media, preferencialmente as digitais, sem a devida “peneiração”. No conto que empresta título à obra, o autor aborda a questão da “pós-verdade” nas nossas sociedades digitais em que agentes públicos, principalmente políticos, usam as redes sociais e técnicas que exploram as emoções, as crenças, os medos e as fragilidades sociais dos cidadãos, para os tentar convencer com as suas meias-verdades e informações falsas. No conto, uma jornalista profissional, utilizando métodos muito questionáveis do ponto de vista ético, faz tudo para travar um político sem escrúpulos.Ler menos -
Vera DuarteA Matriarca (E-book)
12,90€11,61€Agora em 2ª edição
A Matriarca é um romance polifónico que narra a vivência de homens e, sobretudo, de mulheres, numa releitura da origem dos povos, da história de África e, em especial de Cabo Verde, resgatando a mestiçagem ancestral e contemporânea dos cabo-verdianos, a partir de representações sobre a vida social e das práticas culturais.
O enredo baseia-se em duas estórias de amor que se entrecruzam: Ester a protagonista e Peter jovem suecoLer maisAgora em 2ª edição
A Matriarca é um romance polifónico que narra a vivência de homens e, sobretudo, de mulheres, numa releitura da origem dos povos, da história de África e, em especial de Cabo Verde, resgatando a mestiçagem ancestral e contemporânea dos cabo-verdianos, a partir de representações sobre a vida social e das práticas culturais.
O enredo baseia-se em duas estórias de amor que se entrecruzam: Ester a protagonista e Peter jovem sueco filho de pai cabo-verdiano que vem a Cabo Verde à procura da sua família paterna e Ingrid uma sueca que teve um filho de um cabo-verdiano e com ele se reencontra em Santa Maria, ilha do Sal, trinta anos depois.Ler menos -
Vera DuarteA Matriarca
16,20€14,58€Agora em 2ª edição
A Matriarca é um romance polifónico que narra a vivência de homens e, sobretudo, de mulheres, numa releitura da origem dos povos, da história de África e, em especial de Cabo Verde, resgatando a mestiçagem ancestral e contemporânea dos cabo-verdianos, a partir de representações sobre a vida social e das práticas culturais.
O enredo baseia-se em duas estórias de amor que se entrecruzam: Ester a protagonista e Peter jovem suecoLer maisAgora em 2ª edição
A Matriarca é um romance polifónico que narra a vivência de homens e, sobretudo, de mulheres, numa releitura da origem dos povos, da história de África e, em especial de Cabo Verde, resgatando a mestiçagem ancestral e contemporânea dos cabo-verdianos, a partir de representações sobre a vida social e das práticas culturais.
O enredo baseia-se em duas estórias de amor que se entrecruzam: Ester a protagonista e Peter jovem sueco filho de pai cabo-verdiano que vem a Cabo Verde à procura da sua família paterna e Ingrid uma sueca que teve um filho de um cabo-verdiano e com ele se reencontra em Santa Maria, ilha do Sal, trinta anos depois.Ler menos -
Gilda BarbosaAo sabor dos ventos
16,60€14,94€No ano do centenário da cidade de São Filipe, eis um pequeno contributo para o comemorar deixando algo que, embora muito simples, será um marco, uma presença, para além dos tempos – «Ao Sabor dos Ventos».
Neste livro encontra o leitor um pouco de tudo, sobretudo sobre a ilha do Fogo, mas também algumas reflexões que fazem parte integrante de quem o escreveu e, finalmente, um cheirinho a Coimbra, que está muito ligada ao Fogo, na pessoa da autora,Ler maisNo ano do centenário da cidade de São Filipe, eis um pequeno contributo para o comemorar deixando algo que, embora muito simples, será um marco, uma presença, para além dos tempos – «Ao Sabor dos Ventos».
Neste livro encontra o leitor um pouco de tudo, sobretudo sobre a ilha do Fogo, mas também algumas reflexões que fazem parte integrante de quem o escreveu e, finalmente, um cheirinho a Coimbra, que está muito ligada ao Fogo, na pessoa da autora, e também de alguns dos seus amigos que gostariam que toda a praxe desse tempo ficasse registada no livro.
De facto, o leitor terá ocasião de – ao ler os temas aqui insertos em capítulos – (re)conhecer o Fogo e a sua gente através de: o quotidiano das famílias que habitaram outrora os sobrados, as casas da cidade e do campo, arrabaldes de São Filipe; as classes sociais; os Santos populares e as festas das bandeiras; as capelas como grandes propriedades rurais; o património religioso construído, – público e privado – as igrejas, as capelas e os cemitérios.Ler menos