Decorreu no dia 11 de julho na Sala de Âmbito Cultural no El Corte Inglés em Lisboa a sessão de apresentação do livro «Terra, um planeta dinâmico», de Luís Rodrigues Costa, engenheiro químico-industrial, engenheiro de minas, ex-diretor do Serviço de Fomento Mineiro e ex-presidente do Instituto Geológico e Mineiro.
Para uma vasta e interessada audiência, e após as boas vindas dadas por Rita Martins da Silva em nome do El Corte Inglés, Joana Robalo, das Edições Sílabo, começou por agradecer ao autor a confiança na concretização de mais um projeto editorial, recordando o seu anterior livro «Relatividade Restrita – Crónica de uma visita guiada», que foi recomendando no Plano Nacional de Leitura, confirmando desta forma as expetativas do editor relativamente à qualidade do autor e dos seus trabalhos.
A apresentação do livro ficou a cargo de Mário Machado Leite, professor catedrático da Universidade do Porto e Diretor do Laboratório de Geologia e Minas do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (2009 a 2022), que iniciou a sua intervenção com algumas palavras sobre o autor, referindo que o livro conjuga a seriedade das abordagens dos temas tratados com o humor fino característico de Luís Rodrigues Costa.
Fazendo uma breve viagem pela teoria da tectónica das placas, recordou que apenas nos anos sessenta se iniciou a publicação de artigos sobre a deriva dos continentes, a topografia dos oceanos, a fragmentação da Pangeia, a formação das montanhas, entre outros. Referindo que apesar de neste período ter existido uma grande produção de artigos em revistas científicas, passado uma década estes temas ainda não eram estudados nas faculdades. Apesar das limitações na prática da geologia – que não é uma ciência como a matemática, que se faz a regra e esquadro -, Mário Machado Leite considerou esta área como um pilar fundamental nas geociências, e referiu que o livro agora apresentado é uma obra que faltava para o espectro dos cidadãos interessados neste tema. Ainda a propósito do livro, referiu que os temas são magistralmente resumidos no prólogo, e referiu que os capítulos estão estruturados como se de uma sinfonia se tratasse.
Seguiu-se a intervenção do autor, que agradecendo a todos os presentes, se referiu ao livro como uma obra coletiva, tendo em conta os comentários e observações de todos os que leram os manuscritos na sua fase inicial e contribuíram para a sua melhoria. Justificou a escolha dos textos em forma de diálogo com o desejo de evidenciar a importância social da geologia, e, abordando também a escolha do subtítulo, referiu que a essência da ciência é estabelecer uma relação entre coisas que aparentemente não estão ligadas. Destacou à importância da engenharia, uma vez que esta permite mitigar os efeitos de vivermos numa zona sísmica. Terminou a sua intervenção desejando que o livro seja um contributo para a literacia geocientífica.
Ao final do evento, seguiu-se uma sessão de autógrafos e um animado convívio entre os presentes.